Os seguros fazem parte do dia a dia de muitas famílias portuguesas. Entre os obrigatórios e os opcionais, o que paga mensalmente pode representar uma fatia significativa do seu orçamento. Mas estará a pagar um preço justo pelos seus seguros? Ou estará a gastar mais do que devia?
Apólices contratadas há muitos anos – seja de vida, saúde, habitação ou automóvel – podem já não estar ajustadas ao mercado atual. Logo, há margem para poupar. Ao rever os seus seguros com regularidade pode gerar uma poupança de centenas de euros e evitar o encargo de coberturas que já não precisa.
Neste artigo, perceba se está a pagar um valor justo, o que deve avaliar e que ações tomar para reduzir esta despesa sem comprometer a sua proteção.
Comece por fazer um levantamento completo das suas apólices
Antes de pensar em mudar ou renegociar, é essencial ter uma visão clara daquilo que já tem. Muitos portugueses não sabem exatamente quantos seguros têm nem o que cada um cobre. Este é o primeiro passo para saber se está a pagar além do necessário.
Junte todas as apólices de seguros ativas. Por exemplo, seguro de vida, seguro de saúde, seguro automóvel, seguro multirriscos, seguro de crédito, entre outros que estejam ativos.
A seguir, analise os documentos e tome nota das coberturas, prémios mensais ou anuais, capitais seguros e exclusões. Por fim, avalie se essas coberturas ainda fazem sentido para a sua realidade atual.
Exemplo: Tem um seguro de saúde com cobertura para parto, mas já não planeia ter filhos. Neste caso, está a pagar por algo que não precisa. O mesmo se aplica a duplicações, como ter assistência em viagem em dois seguros distintos. Identificar e eliminar coberturas desnecessárias é meio caminho andado para poupar.
Conheça os fatores que influenciam o prémio de cada seguro
Perceber o que influencia o prémio ajuda a garantir que paga um preço justo pelos seus seguros. Cada seguro tem os seus próprios critérios. Conhecê-los ajuda a comparar melhor e a descobrir o estado da sua carteira de seguros.
No seguro de vida, fatores como idade, estado de saúde, profissão e hábitos de vida (tabagismo e obesidade) influenciam diretamente o preço. Coberturas mais amplas, como a invalidez total e permanente (ITP), também aumentam o prémio.
No caso do seguro de vida associado ao crédito habitação, verifique se o capital seguro acompanha o valor em dívida (capital decrescente). Afinal, esta opção costuma ser mais barata. Lembre-se também que os bancos, por norma, têm prémios mais elevados do que outras seguradoras no mercado.
Já no seguro multirriscos, o valor do imóvel, o recheio e as coberturas contratadas fazem toda a diferença. Pagar por coberturas excessivas ou por um valor de reconstrução exagerado pode estar a inflacionar o prémio sem um benefício real.
Nos seguros automóvel e de saúde, variáveis como idade, histórico de sinistros, coberturas adicionais, franquias e zona de residência influenciam fortemente o valor a pagar. Quanto mais ajustado o seguro às suas necessidades reais, mais justo será o preço.
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Será que está a pagar um preço justo pelos seus seguros? A única forma de saber é comparar
Sabe quanto custa um seguro igual ao seu noutra seguradora? Só assim saberá se o seu está dentro da média de mercado. E com as ferramentas online disponíveis, fazer simulações tornou-se mais fácil e rápido.
Para identificar quanto custa um seguro automóvel, basta indicar os dados do veículo e do condutor. Já para seguros de vida e seguros de saúde, pode preencher um formulário ou contactar diretamente seguradoras e mediadores para receber propostas personalizadas.
Caso tenha dificuldade em comparar, recorra a um mediador. Este profissional pode fazer o trabalho por si e apresentar as melhores soluções ajustadas ao seu perfil e carteira.
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